Pular para o conteúdo

MARIA ALICE MILLIET – TENDÊNCIAS CONSTRUTIVAS E OS LIMITES DA LINGUAGEM PLÁSTICA

MARIA ALICE MILLIET – TENDÊNCIAS CONSTRUTIVAS E OS LIMITES DA LINGUAGEM PLÁSTICA

“A obra de Sacilotto denota extraordinária coerência interna quando o plano suporte é alçado ao tridimensional. A chave para o entendimento dessa produção está em perceber o princípio binário que a rege. A alternância entre claro e escuro, cheio e vazio, positivo e negativo serve para construir tanto a pintura quanto a escultura. A aplicação constante desse princípio, quase um método construtivo, fica bem exemplificada nas Concreções dos anos 50, nas quais o quadrado funciona como leitmotiv de extensa série. De especial interesse é o dinamismo que Sacilotto alcança a partir dessa forma elementar e a riqueza de variações revelada dentro da disciplina que se impõe. Joga com a percepção ambígua do que está na frente, atrás ou entre o quadrado, seja ele pintado, cortado ou dobrado. O aproveitamento dessas virtualidades prenuncia o uso intensivo de efeitos ótico-cinéticos próprios da op art que ocupará o artista, anos depois.”

MILLIET, Maria Alice. Tendências construtivas e os limites da linguagem plástica. MOSTRA DO REDESCOBRIMENTO, 2000, SÃO PAULO. Arte moderna. Organização Nelson Aguilar; coordenação Suzanna Sassoun; tradução Izabel Murat Burbridge, John Norman; curadoria Nelson Aguilar, Franklin Espath Pedroso, Maria Alice Milliet; curadoria geral Nelson Aguilar; apresentação Edemar Cid Ferreira. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo: Associação Brasil 500 Anos Artes Visuais, 2000. p. 53.